quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Fatos, simplesmente fatos.

O sindicalismo brasileiro foi outorgado pelo governo da época. Não foi fruto da conquista através da luta das classes trabalhadoras. Getúlio Vargas foi o autor da instalação dos sindicatos no Brasil.

A renúncia de Jânio Quadros a Presidência da República eclodiu na disputa entre os que não queriam dar posse a Jango e os que aprovavam a posse ao cargo de presidente do país.

O Congresso através do Deputado Santiago Dantas propôs o sistema parlamentarista para acalmar os ânimos dos que temiam um presidente comunista no comando do país. Reservava a posse num regime político onde o presidente tivesse menos poder.

Tancredo foi ao encontro de Jango, no Uruguai. Em 1º de setembro de 1961, Jango pisou no solo brasileiro, no Rio Grande do Sul. O General Geisel desembarcou com o Jango e dava apoio à legalidade da posse do presidente.

O Congresso aprovou a Emenda Constitucional nº 4 dando menores poderes presidenciais. Raul Pila foi o autor da emenda parlamentar.

Tancredo Neves foi eleito o 1º Ministro de Estado. Roberto Lyra, Almino Afonso, Santiago Dantas, Ulisses Guimarães eram membros do ministério.

Jango propôs as reformas de base.

No nordeste Julião organizava a Liga Camponesa juntamente com Professor Assis. Sendo a reforma agrária uma das mais fortes bandeiras do movimento. O salário do trabalhador rural foi à primeira reação dos donos de terras.

João Pedro Teixeira foi morto a mando dos latifundiários. A violência no nordeste chamou atenção do governo norte-americano. Os irmãos Kennedy interessaram-se com a condição explosiva do meio rural.

A igreja montou uma linha menos agressiva para organizar os trabalhadores rurais brasileiros. O Papa João XXIII optou pelos pobres.

O Brasil apoiou a autodeterminação de Cuba e foi mediador na crise dos mísseis com os EUA. Jango não concordou com a invasão da ilha.

O mundo foi dividido em dois, foi instalada a Guerra Fria. 


Se o Brasil tivesse instalado um governo esquerdista, o que preocupava o governo americano e que após a morte de JFK piorou a relação entre os países.

Aconteceu o plebiscito de qual regime político deveria ser instalado no Brasil e  a vitória do presidencialismo foi a escolha soberana do povo.

Em 1963 instalou-se um clima de conspiração das lideranças políticas nacionais desde Brizola a Nei Braga, ou seja, todos queriam o poder e se convenciam que Jango não largaria o poder.

A alimentação ficou em falta e o boicote dos grandes produtores estimulava a crise social. Os sindicatos e estudantes, cada um na sua praia, brigavam por mudanças.

O IBADI financiava os candidatos a oposição de Jango. A desapropriação das empresas estrangeiras agravou a crise.

Não havia dinheiro para pagar à vista a desapropriação das terras e das empresas, concederem aumentos para os trabalhadores. Negavam empréstimos ao governo federal e concediam para Carlos Lacerda e ao governador paulista.

O pai do Senador Artur Virgilio era parlamentar a época.

As diretrizes de base da educação foram aprovadas, instituiu órgão para a futura reforma agrária, instituiu a Eletrobrás, o Código de Telecomunicação e a Embratel, limitou a remessa de lucros, a instalação de ferrovias no campo.

O Poder é inebriante e enganoso.

O comício da Central do Brasil, março, sexta-feira, dia 13, levou 200 mil pessoas para apoiar as reformas de base.

A mobilização contra, partiu de São Paulo, através da passeata “Deus com a Família”, organizada por um padre da igreja católica.

A participação do Cabo Anselmo é cheia de nebulosidade. Era agente antes do golpe ou ficou agente após o golpe militar?

No dia 30 de março, a Associação de Sargentos e suboficiais homenageou Jango. Votos dos sargentos, dos analfabetos, das prostitutas, da posse dos candidatos sargentos eleitos. Enfim, Jango inverte a ordem hierárquica e apoia os sargentos, o que revoltou os oficiais.

O Gal. Humberto Castelo Branco preleciona na Escola Superior de Guerra e incita os militares a ter lealdade ao governo e não ao chefe de governo.

Na madrugada do dia 31 de março as tropas do General Olimpio Cruz avançam  sobre a Guanabara.

Lacerda ataca o Almirante Aragão que era leal a Jango.

Aos jovens que desconhecem esta passagem da História do país. Alguns resultados: ficamos mais de duas décadas sem direito a escolher o presidente da República através do voto direto. Milhares de vidas foram ceifadas na disputa insana pela manutenção do poder e com desrespeito as leis vigentes da época e da democracia.

A politicagem praticadas por civis da época tal como Carlos Lacerda, só colaborou com a reação dos militares.

Vislumbro o ano de 2010, um clima diferente no interior das Forças Armadas, pois  encontraram no governo do presidente Lula, o respeito e sensível aliado. 

Noutro tempo, não muito distante, a dispensa dos recrutas era constante por falta de comida para as tropas, soldos baixos e faltava até mesmo - pasmem -  munição para treinamento das tropas. Essas são verdades que nenhum dos atuais comandantes das Forças Armadas negaram!

Neste tempo, não muito distante, o governo que comandava o país, não evitou a falência e incentivou a venda de empresas públicas para o setor privado, que desenvolviam alguma tecnologia no campo da defesa nacional, como os casos da Embraer ou da Engesa. 


O esvaziamento do Instituto Tecnológico da Aeronáutica - ITA - hoje revigorado. Ressalto que estas empresas e instituto desenvolviam inovações ou descobertas aproveitadas no campo da melhora do parque industrial brasileiro. Não era fabricantes da morte.

O nosso país é rico de produtos essenciais à vida humana: terra e água. Daqui alguns anos, previsão para o ano de 2040, seremos um país composto de maioria das pessoas da 3ª Idade. 


Imaginem um país de maioria de idosos e sem Forças Armadas equipadas e preparadas para defender nossas riquezas naturais e nossas vidas! Imaginem nossas famílias: filhas, filhos, netas e netos e nossas casas e terras invadidas por estrangeiros, em busca do pão e da água.

Um governo que pense no futuro e age no presente, merece o meu respeito e o reconhecimento de que a continuidade é essencial para o nosso bem - estar, bem como, das gerações seguintes do povo brasileiro.



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