quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Eleição presidencial 2010! E os enroscos da oposição.

Na eleição presidencial no Brasil está se confirmado o favoritismo da candidata Dilma do Partido dos Trabalhadores, com os apoios dos partidos políticos que integram a aliança eleitoral e do presidente Lula.

De forma intuitiva somados a elementos objetivos, desde o ano passado, entendo que o cenário atual  seria a realidade deste instante, ou seja, a imensa possibilidade de vitória da Dilma.

O Brasil mudou para melhor - elemento objetivo - grande mobilidade social ascendente. E a maioria da sociedade vive com grande esperança em relação ao futuro e com mais oportunidades concretas no presente - elemento subjetivo. Bem como, o povo brasileiro resgatou um sentimento de auto-estima, o que é prazeiroso e, desse sentimento, não quer desembarcar - mais um elemento subjetivo. Esses elementos a sociedade os relaciona com a atuação do presidente Lula.

Dos elementos objetivos eleitorais favoráveis da candidatura do Partido dos Trabalhadores: 1) imensa aprovação e popularidade do presidente Lula; 2)  grande arco na aliança formada com grandes e médios partidos políticos; 3)  uma oposição sem discurso que empolgue e nem um modelo de país há sinalizar à sociedade da necessidade de mudança no rumo; 4) maior tempo da propaganda eleitoral; 5) fatos e dados para mostrar ao eleitorado nos campos: sociais e econômico; 6) rumo definido que a continuidade do governo do Lula  é importante, sendo que a agente da continuidade é a Dilma.

A oposição ao governo e ao Lula, contavam com três fatos para ganhar a eleição, são eles: 1) agravamento da crise financeira internacional; 2) o desastre da Dilma enquanto agente ativa da ação política; 3) as pesquisas eleitoral que durante todo o ano de 2009, colocavam a candidatura do PSDB, muito adiante que qualquer outra. A oposição contava com poucos trunfos. E arriscou contar com o imponderado, o que pode acontecer numa eleição: imponderável, neste ano de 2010 é probabilidade próximo a zero.

A crise financeira foi vencida por ações anti-cíclicas, desde do 1º trimestre de 2009, quando já sinalizava que o governo federal agiu com rapidez e eficiência. Quanto ao segundo fato - incapacidade Dilma, aqui, também, a oposição esqueceu de ponderar que Dilma foi ativista política e, recentemente, demonstrará enorme capacidade como administradora pública, logo, pouco provável que seria um desastre como agente ativa da política. Ainda mais que, Dilma conta com as lições do fenômeno Lula e - goste ou não, o eventual leitor - conta também com o Partido dos Trabalhadores que possui a maior militância do país dentre os partidos políticos. E, o terceiro trunfo - dianteira nas pesquisas eleitorais - equívoco de leitura e desprezo diante das fases que compõem o processo de uma eleição. A dianteira ocupada por Serra, durante o ano de 2009, foi motivada pela singela razão que se tratava mais demonstração de reconhecimento de nome, por parte do eleitor, do que  intenção de dar o voto.

Para contribuir mais com a Dilma, os partidos da oposição, principalmente o PSDB  criou e passou a conviver com problemas, que não foram superados até o momento presente, são eles: 1) A convivência entre os serristas e os alckmistas; 2) a relação do Serra com Aécio na questão da consulta interna de quem seria o candidato a presidente; 3) a desastrada escolha do vice - Arruda, Alvaro Dias e depois alguém sem expressão nacional para ocupar o cargo de vice-presidente; 4) ausência de um programa de governo para apresentar a sociedade que a empolgasse; 5) ausência do que mostrar como realização de política pública à sociedade nacional para convence-la de que mudar era a melhor alternativa.

Ou seja, a oposição entrou na disputa eleitoral fragilíssima e com diversas fissuras para tratar, desde a boa convivência entre os agentes políticos até a existência de poucos fatores positivos, sejam eles: imaginários e concretos.

Evidente que não foram somente esses os erros da oposição, dentre outros: a crença de que a grande mídia é decisiva na formação da opinião popular; 2) subestimar os avanços do governo Lula e a capacidade de transferir prestígio que tem o presidente; 3) trilhar um caminho repleto de sombras e de atos de politicagem até mesmo a tentativa de judiciliazação da campanha eleitoral.

Sem paixões, a probabilidade maior hoje é a eleição ser decidida no 1º turno, com a vitória da Dilma e dos partidos aliados. Se não for encerrada no dia 3 de outubro e o 2º turno acontecer, o resultado será semelhante ao da eleição presidencial de 2006. Quando Lula não ganhou no 1º turno, por ínfima percentagem dos votos válidos, e se consagrou no 2º turno, impondo ao seu adversário um resultado menor que ele obteve no 1º turno.

Defendo a premissa de que a oposição política é salutar na vida de qualquer país, seja ela do tamanho que for, pois é à partir de sua existência e da sua capacidade de mostrar erros e/ou abusos, além de propor alternativas factíveis é que a sociedade reflete sobre a política. Infelizmente, hoje é durante o processo eleitoral que a maioria da sociedade pensa e reflete sobre tema de elevada importância da vida em sociedade: a política.

Os maiores enroscos das pessoas que se encontram na oposição política são dois. O primeiro é essencial: aprender a ser de fato oposição e o segundo é sobreviver sem politicagem por mais 4 anos, até 2014, porque esta de 2010 está definida, exceto, se o mundo desabar sobre as cabeças de Dilma e Lula, ou seja, pouco provável.



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Um comentário:

  1. O caro autor esqueceu de um detalhe super im portante:

    Serra e a opsicao estruturaram um esquema politico de oposicao totalmente baseado na dos USA. Eles copiaram a cartilha sem deixar de fora nenhum detalhe. Porem esqueceram que o povo brasileiro nao e o povo americano. Apesar de estarmos sempre copiando tudo USA, e principalmente a midia, nao temos a mesma cultura nem a mesma historia. Por isto Serra nao pode usar o 11o 9, como suam por aqui a oposicao. Porem saiu com aquela de Farcs, e de criticar Ira e Bolivia, ate Chineses. So que o brasileiro nao se sente um imperio. O povo nao tem esta vontade enorme de interferir no destino de outros paises.
    Ate mesmo com a religiao ele quer ficar copiando, querendo que o fanatismo USA seja tambem o fanatismo brasileiro. Temos sim algumas coisas em comum no cristianismo, porem no Brasil e economia e outros assuntos crista/evangelico como: A fome, a saude a educacao etc. fala mais alto que estas hipocresias pseudomoralista a la USA

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